Como se preparar para a retomada às atividades de trabalho? Por Antonietta Medeiros, Superintendente da Mercer Marsh Benefícios
Matérias 23 de junho de 2020 A expectativa com o isolamento social durante a pandemia de covid-19 é o
chamado “achatamento da curva”, isto é, reduzir ao máximo o ritmo de
transmissão do vírus, fazendo com que o número de casos ativos que necessitem
de hospitalizações não supere o número de leitos hospitalares disponíveis,
garantindo o atendimento adequado para aqueles que precisarem e minimizando o
número de mortes. Esse processo, de acordo com estudo global de projeção da Oliver Wyman,
poderá levar de 2 a 3 meses, seguindo metodologia de acordo com os índices
apresentados em órgãos competentes de saúde. Apesar desta estimativa, não há
uma previsão concreta de quanto tempo a população deva se manter em isolamento,
principalmente, se as ações de prevenção não forem seguidas corretamente.
Entretanto, é necessário começar a pensar sobre como acontecerá a
retomada às atividades e quais impactos serão percebidos em maior ou menor
escala pelas empresas e seus funcionários no cenário após o primeiro ciclo da
pandemia.
Vale lembrar que o fim do isolamento não significa o fim da pandemia. O
vírus continua circulando e o retorno ao trabalho sem as medidas corretas pode
acarretar em exposição maior de contágio das pessoas e, consequentemente, um
novo problema. Por isso, todas as medidas a serem adotadas pelas organizações
devem levar em consideração, principalmente, o fator de exposição de contágio
ao vírus dos colaboradores nos demais ciclos do processo da pandemia.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os componentes de um
ambiente saudável e apropriado para o trabalho compreendem espaço físico,
ambiente psicossocial, disponibilidade de recursos de saúde e envolvimento da
comunidade. Os passos a seguir podem ajudar sua empresa a desenvolver um plano
de ação para proporcionar aos seus funcionários o retorno gradual e seguro às
suas atividades.
1. Mapear riscos e
categorizar
Entenda e separe sua população em grupos: grupo de risco de contágio pelo vírus
no ambiente de trabalho, setorize os ambientes físicos por grupos com potencial
de exposição, grupos que podem manter trabalho em home office e os de
atividades que necessitam do comparecimento físico nos locais de trabalho.
Devem ser levados em consideração dados individuais dos colaboradores, como
idade dos funcionários, estado de saúde, doenças crônicas, antecedentes
pessoais e ambiente familiar (convivência direta com pessoas do grupo de risco)
e monitoramento periódico dos sintomas relacionados à covid-19.
2. Estabelecer
protocolos
Revise e reforce os protocolos de prevenção ao contágio pela covid-19
estabelecidos na sua empresa, treine equipes e gestores e desenvolva políticas
efetivas de comunicação. As ações de prevenção devem estar em consonância com
os órgãos oficiais competentes. Lembre-se de não pensar apenas no ambiente
interno da organização, mas considere o transporte das pessoas, fornecedores e
os serviços de alimentação.
3. Comunicar e
capacitar
Desenvolva um planejamento de comunicação clara, objetiva e periódica. Sinalize
espaços, busque e engaje a cooperação de todos, treine líderes e reforce ações
de prevenção individual e ambiental como uma espécie de mantra e seja
transparente.
4. Minimizar o
contágio
Supervisione e monitore casos suspeitos e confirmados, realize avaliações
médicas periodicamente e faça questionários para verificação, a fim de agilizar
a identificação de novos casos suspeitos, contatos diretos e formalização para
eventuais alegações legais relacionados ao contágio do coronavírus.
Ao se preocupar com o bem-estar de seus funcionários no planejamento e
execução dessas ações, as organizações reforçam seu compromisso com a força de
trabalho. A recuperação da empresa e da economia como um todo dependem de um
plano de ação eficiente, viável e bem desenvolvido.
Para elaborar um plano com impacto positivo na sua empresa, nos seus
funcionários e na sua comunidade, entre em contato com um de nossos
especialistas.